Crises e devaneios de uma pessoa com acúmulo de funções....

Sunday, August 12, 2007

Aquilo que a gente ouve.

Estávamos nós sentadas no boteco, num início de noite em Santa Tereza. Papo vai, papo vem, começamos a falar de música - que para mim é um dos melhores papos que há - e discutir algumas canções e artistas.
Antes desse papo, já há algum tempo eu andava pensando no efeito que as músicas (ou as formas de expressão artística) produzem na gente. Eu fico meio abobalhada de ver como algumas pessoas tem a habilidade de provocar diversos sentimentos com sua música.

E nesse caminho se seguiu meu papo com minhas amigas camofas. Eu disse que o "rei" desse tipo de música é o Arnaldo Antunes, e fomos citando váááários artistas e músicas até que o papo seguiu para o caminho onde quase todas as conversas tem seguido nos últimos tempos: tesão. E passamos a lembrar quais são as músicas que estimulam o desejo. Acabamos por encontrar uma figura em especial que foi coroada como a rainha da "fucking music": Rita Lee.
Contei a elas que sempre fui fã da Rita e que, desde que me lembro, "Doce vampiro" sempre mexeu com minha libido. Acho que foi a primeira música que realmente me fez derreter (ainda que internamente...). E acho que, apesar de existirem vários outros hits nesse "estilo" musical, acho que é a música mais sensual que eu conheço. (Apesar de existirem vozes que me matam.)

Eu tava aqui organizando o perfil do blog, e fiquei com a parte do "músicas preferidas" martelando. Foi isso que me fez falar esse monte de coisas sem sentido ai de cima: eu sempre falei que sou viciada em música.

Hoje, de repente, me dei conta de que talvez meu vício não seja exatamente a música, mas sim a experiência estética - as sensações - que elas me proporcionam. Mas como não é somente a música que me altera, acabo sendo viciada também em outras coisas que são estimuladoras dessas experiências estéticas. Meu interesse em arte, por exemplo. (Em arte erótica tb, para ser mais específica.) Eu sou viciada em coisas que mexam com meus sentimentos e sensações. Aquilo que é só "bonito" não necessariamente vai falar comigo. Tem que ser atraente, misterioso. Caravaggio! Olha que exemplo. É bonito, mas a beleza pela beleza é inssossa. É vazio, é oca! Mas Caravaggio não é só beleza: é drama, é força, é expressão. E isso que me encanta! (Quem quer um prato de comida? UM - artigo indefinido. Não importa a qualidade, é mais um prato de comida... Quem quer, que O prato. Quer A sensação...)

É impressionante como isso reflete em todos os aspectos da nossa vida. Em todos. Eu sou uma pessoa complexa demais - talvez esse seja um dos motivos. Eu cheguei a um ponto em que tudo que não me afeta os sentidos ou sentimentos não é interessante. Fico em crise com isso, mas não sei se posso querer viver uma vida inexpressiva.

[A minha grande sorte é que escolhi duas carreiras que me produzem uma série de experiências sensoriais e sentimentais - tanto positivas quanto negativas. ]

[Já escrevi mais do que devia. Nem sei mais do que eu queria falar objetivamente.... tsc, perdi o objetivo. Tudo por esse maldito prazer de escrever coisas desconexas.]

Queria fazer uma pergunta. Peço que quem ler isso aqui passe o blog adiante, só para que eu mate minha curiosidade:

Qual é a sua sex music? Qual música mexe com sua libido?

Já lancei a minha, Doce vampiro. Até digo a segunda, (tb da Tia Lee) Mania de você.

Digam ai...

1 comment:

Anonymous said...

7 days do craigh david. adoro!!!